São Lourenço do Sul, a Pérola da Lagoa ( Laguna dos Patos )

Área 2.036,130 km², População 45.483 hab. est. 2006, Densidade 22,3 hab./km²
Altitude 26m (cidade) 325m (interior), Clima: subtropical, IDH 0,777 PNUD/2000
PIB R$ 302.693.245,00 IBGE/2003, PIB per capita R$ 6.777,57 IBGE/2003


SÃO LOURENÇO DO SUL HISTÓRICA:

Palco de muitas batalhas no século 19, devido à Revolução Farroupilha, São Lourenço do Sul abriga importantes passagens da história sobre a formação do Estado do Rio Grande do Sul. A Fazenda do Sobrado, localizada nas margens da Lagoa dos Patos e que serviu de refúgio para Giuseppe Garibaldi, além de ser usada como quartel-general por Bento Gonçalves durante as batalhas contra o Exército Imperial, é uma prova testemunhal destes fatos. Esses acontecimentos são mantidos vivos na memória da cidade e preservados para a posteridade. É com esse espírito que São Lourenço escreve sua história, com muito respeito ao que passou e ávida por novas conquistas.

A origem do Município remonta ao final do século 18, quando a Coroa Portuguesa distribuiu terras (sesmarias), localizadas nas margens da Lagoa dos Patos, a militares açorianos que se destacaram nas guerras contra os espanhóis. Os proprietários ergueram capelas em devoção aos santos que suas famílias eram devotas. 

Em 1807, os moradores da Fazenda do Boqueirão construíram a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao redor da qual se desenvolveu o povoado que é o berço do Município. Em 1830, o povoado da Fazenda do Boqueirão foi elevado à Freguesia, por decreto de Dom Pedro I, sendo desmembrado da Vila de Rio Grande e incorporado à Vila de São Francisco de Paula, atual município de Pelotas.

Na Fazenda de São Lourenço, localizada na margem esquerda do arroio de mesmo nome, foi edificada em 1815 uma capela devotada a São Lourenço. As águas rasas do arroio serviam de refúgio para a frota farroupilha, sempre que ameaçada pelo maior poder de fogo dos barcos imperiais. São Lourenço foi palco de vários combates entre o exército farroupilha e o imperial.

Em 1850, o Coronel José Antonio de Oliveira Guimarães doou parte das terras da fazenda para uma nova povoação e, em 1858, firmou contrato com o prussiano Jacob Rheingantz que deu origem à colonização alemã, predominantemente pomerana na região. O pequeno porto localizado na embocadura do Arroio São Lourenço, que já servira à esquadra comandada por Giuseppe Garibaldi durante a Revolução Farroupilha, tornou-se um dos mais importantes portos de veleiros mercantes do sul do Brasil, contribuindo para o progresso da colônia que foi grande produtora de batata durante o século 19 e parte do século 20.

A casa onde Rheingantz instalou a administração da colônia e a sua residência está preservada e integrada ao patrimônio arquitetônico do Município.

Muito embora a Freguesia de Boqueirão tenha sido elevada à condição de vila e emancipada de Pelotas em 26/4/1884, a sede do novo município foi transferida em 15/2/1890 para São Lourenço, que em 31/3/1938 passou a ser cidade.

O Museu Histórico de São Lourenço do Sul foi fundado em 29 de maio de 1984 e fica dentro da Casa de Cultura, que funciona em um prédio construído em 1919 por imigrantes alemães, mantendo sua arquitetura original. Vinculado à Coordenadoria de Cultura desenvolve diversas atividades, possui em torno de 300 peças em exposição e tem por objetivo maior a preservação da cultura local e da região.

O arquivo histórico do museu está composto por documentos históricos, que mostram parte da história do município, dentre eles existem documentos oficiais da Prefeitura, documentos contábeis e atas de votação.
Além deste acervo de documentos, o arquivo possui um número significativo de fotos que retratam um pouco da história visual do município de São Lourenço do Sul. O acervo é oriundo de doações da comunidade, destacando-se as peças históricas e de mobiliário doadas por famílias tradicionais do município, instrumentos relacionados à tecnologia, ao trabalho e ao acervo pessoal do Dr. João Baptista Brauner, ex-prefeito, médico e militar que obteve importante papel no desenvolvimento do processo histórico do município.Nos finais de semana funciona por agendamento prévio, pelos telefones: (53) 3251-9573 e 3251-9538 ou ainda pelo e-mail: casa.culturasls@gmail.com, com entrada franca.


A Casa da Imigração, foi construída por volta de 1860, a casa foi erguida por Jacob Rheigantz, fundador da Colônia de São Lourenço, e serviu de moradia aos primeiros 88 imigrantes que chegaram à região em 18 de janeiro de 1858. 
Em 1877, ano da morte de Rheigantz, a colônia já tinha um total de 52 mil hectares e mais de 6 mil moradores entre imigrantes e descendentes. Embrião da colônia de São Lourenço do Sul e centro inicial da presença pomerana e alemã na região, a colônia permaneceu privada até ser emancipada e transformada em Município.
Em 2008, para marcar os 150 anos da imigração alemã e pomerana em São Lourenço do Sul, a comunidade, em parceria com a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e uma grande equipe coordenada pela Fundação Simon Bolívar (FSB), trabalhava para dar forma ao projeto do Museu Casa da Imigração.
Parte importante do projeto foi a criação, em abril de 2008, do Instituto Cultural Educacional Casa da Imigração (ICECI), especificadamente para responder pela gestão do futuro Museu a ser implantado na localidade de Picada Moinhos, sexto distrito municipal. 

Atualmente a Casa da Imigração abre as suas portas para visitação somente na Festa Comemorativa da Chegada dos Primeiros Imigrantes Alemães-Pomeranos em São Lourenço do Sul (Janeiro), na Festa do Colono (Julho) e com agendamento prévio pelo telefone (53) 9959-4237 com Clara. A entrada é franca.


A Casa Hartmeister, abriga o Memorial do Seminário Concórdia (instituto de Formação de Pastores da Igreja Luterana) e o Museu da Imigração Pomerana.

Está localizado junto à comunidade Evangélica Luterana São João, em Bom Jesus, São Lourenço do Sul. O projeto nasceu no ano de 2008, em virtude das comemorações dos 105 anos do Seminário Concórdia, atualmente localizado no município de São Leopoldo.

Na casa Hartmeister encontram-se objetos pessoais, livros e instrumentos utilizados no atendimento aos que procuravam por assistência médica. Mostrar isso é resgatar os valores culturais de uma das etnias formadoras da população da região sul do Rio Grande do Sul.
Visitas através de agendamento prévio pelo telefone (53) 9959-7334, falar com Iléia Krüger. A entrada é franca.

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