Revolução do caminhão


A revolução da comunicação e do caminhão tem chão e caminho firme no país que anda sobre rodas, mas fora dos eixos e dos trilhos.

Um país continental, formado por regiões maiores que muitos países do mundo, não teve gestores com olhos para os humildes autônomos caminhoneiros e para os agricultores. O que eles têm em comum em um país colonial? Ambos são consumidores do combustível diesel, usuários das estradas, sempre esquecidos das pautas públicas e sangrados pela altíssima carga tributária.

É possível dar o nome de  revolução para os atos de paralisação de uma categoria de autônomos de transporte?  No caso dos caminhoneiros, a importância, a proporção, as consequências e os benefícios são extraordinariamente grandes.  As ações desenvolvidas em dez dias ou vinte dias mudaram e vão  mudar radicalmente a rotina de toda a nação. As  pessoas pararam para pensar, discutir, apoiar e se posicionar verbalmente ou pessoalmente sobre a realidade, o passado, o status quo e o futuro.

Nessa estrada nova que está sendo trilhada pelos  viajantes surgem os caroneiros bons e os caroneiros ruins. Alguns querem carona para fazer companhia e até pagar uma refeição para os caminhoneiros; outros são iguais as prostitutas de beira de estrada que estão do olho apenas em um prazer rápido com  vantagem monetária e tem os piores, os  assaltantes que querem levar a carga ou próprio caminhão. Nesses adjetivos poderão se enquadrar ou vestir a carapuça alguns sindicatos, políticos profissionais, cidadãos que perderam a esperança na democracia e os alienados saudosistas que foram felizes durante o regime militar(  intervencionista e ditatorial ).

Na contramão desse rodovia estão o governo Temer, o Congresso nacional e a Petrobrás, ambos em pânico,  com pouca credibilidade,  prometendo soluções  que deveriam ser planejadas há dez anos e não em dez dias.

Nesse feriado, "corpo de cristo", o Presidente da República foi até uma igreja falar com  Deus e alguns líderes religiosos.  A população também rezou e falou com Deus e na maioria pediram o milagre da desoneração tributária e da promessa cumprida.

A PROMESSA 1, mais difícil: O Presidente prometeu 0,46, referente a retirada do PIS/CONFINS e CIDE do diesel, lá na fonte. Se for feito o calculo correto lá na base de calculo do tributo, o litro do diesel cairá para R$ 3,00( três reais ), em média, na bomba do posto.

A PROMESSA 2, mais fácil: A isenção óbvia e legal da cobrança que sempre deveria ser indevida para eixos levantados nas rodovias pedagiadas.

A PROMESSA 3, também difícil: São as tabelas de preço mínimo para os fretes e suas cinco modalidades. Isso dependerá do mercado, poderá gerar grande ônus para as classes produtivas( agricultura, indústria e comércio ) que repassarão ao consumidor a conta.

Então vejamos as tabelas do preço minimo de frete foram publicadas no DOU( diário oficial ) e pela ANTT, com validade até janeiro de 2019, seguem os exemplos abaixo:

1.- Resumidamente, para as cargas gerais( conta genérica por eixos ), por exemplo, o CUSTO por KM/RODADO variará entre R$ 2,24 e R$ 5,90 para viagens longas (3.000 km).

2.-  Até 100 km, o CUSTO por EIXO em  quilômetro varia entre R$ 0,75 e R$ 1,97 nessas mesmas condições. O menor valor por viagem para a carga geral custaria R$ 297,75.

3.- As cargas perigosas, onde estão os maiores valores, o custo mínimo por viagem para trechos de 3.000km é de R$ 13.412,61. Para viagens de até 100 km, é de R$ 660,79.






A revolução do caminhão e da comunicação, talvez não consiga manter o preço do diesel a R$ 3,00 até o final do ano, mas  fez muita gente ler, escrever, compartilhar, curtir, criticar e em especial PENSAR sobre a realidade, o passado e o futuro. Em um país de semianalfabetos isso é uma gigantesca revolução.

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